Segundo relataram fontes que acompanharam o caso, a docente recebeu na escola onde dá aulas, em diversos momentos – quer durante os intervalos, quer fora do horário lectivo -, a visita de um homem estranho à instituição. Trancados na sala de aula, professora e técnico de informática dedicar-se-iam às práticas sexuais, a troco de dinheiro que recebiam para filmar as tarefas que terão sido solicitadas pelos clientes. O valor variava em função dos pedidos que estavam dispostos a atender.
Numa dessas visitas, o homem terá mesmo sido abordado por um funcionário da escola, justificando-se com o facto de ir dar “ajuda” à professora. Questionado sobre este caso – depois de, na terça-feira, recusar fazer qualquer comentário -, o director, Júlio Silva, explicou ao i que “dentro das competências” do agrupamento, a questão seria “comunicada à tutela, para se agir em conformidade”.
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Foi isso mesmo que aconteceu ainda ontem. “A direcção da escola instaurou um processo de inquérito, tendo solicitado à Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) a nomeação de um instrutor” para conduzir essas diligências, referiu sinteticamente fonte do Ministério da Educação.
Ainda sem datas estabelecidas para realizar esses inquéritos, a tutela adianta que caberá à IGEC determinar se a professora será ou não alvo de alguma medida suspensiva da sua actividade profissional. A decisão poderá afectar o arranque do ano lectivo no 1.o ciclo, dado que o regresso às aulas acontece já na próxima segunda-feira. “Vai decorrer um inquérito e as explicações serão dadas por quem de direito”, limitou-se a acrescentar o dirigente do agrupamento.
A professora esteve ontem no hospital de Beja, onde se deslocou por iniciativa própria, para ser atendida pelo serviço de psiquiatria. Na Polícia Judiciária estará também a decorrer um processo, aberto a pedido da advogada que representa a docente, para averiguar qual a origem das imagens. A professora alega que o caso não passa de uma tentativa de “difamação”, motivada pela “inveja” dos moradores.
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Caso não surpreende vizinhos
A notícia de que uma professora do agrupamento de Mértola estaria envolvida em jogos sexuais a troco de dinheiro através da internet esteve longe de surpreender a população. O tema já seria do conhecimento de alguns moradores, sendo comentado em surdina. Ontem, após a publicação da notícia pelo i, o tema passou a ser debatido mais abertamente. Algumas das pessoas próximas da professora refugiaram-se em casa para evitar serem confrontados com a história pelos jornalistas que estiveram no local.
por jornal i
E link para os videos?