“Quando se confunde assédio com sedução”
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Vítor Rainho do Jornal SOL, escreveu mais um artigo de opinião acerca do tema do momento.
Vítor Rainho começa logo por dizer «Ponto prévio. Tenho o maior desprezo e repugnância por quem assedia sexualmente pessoas que dependem de si. O Estado tem de arranjar maneiras de penalizar essas pessoas e defender as vítimas».
Logo de seguida atira, «Posto isto, penso que o histerismo à volta deste tema tem provocado uma enorme confusão em muitas mentes. Confunde-se assédio com propostas indecentes e, mais grave ainda, com violações. Os relatos que nos chegaram de ginastas olímpicas dos EUA ou da Austrália, por exemplo, revolvem-nos o estômago.»
«Como foi possível deixar-se alguém [treinadores] durante tanto tempo abusar de crianças? O mesmo se passa nas paróquias onde padres violaram os acólitos. Esse é um cenário aterrador, mas a moda do Me Too permitiu que, de repente, toda a gente tivesse sido assediada. E é feio denunciar sem dizer quem foi o sacana que assediou. Já li algumas figuras dizerem que foram assediadas em determinada altura, deixando vários chefes em causa. Isso é aceitável? Não me parece.» Vê tudo aqui
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