A cidade de Kiruna, no norte da Suécia, vai ser transferida para um novo lugar a cerca de três quilómetros da atual localização. A mudança deve-se a uma exploração mineira que põe em causa a estrutura da cidade.
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De acordo com o “The Independent”, durante mais de cem anos a exploração de uma das maiores reservas de ferro serviu de sustento aos habitantes da cidade sueca Kiruna, situada no interior do Círculo Polar ártico. Por dia é extraída a quantidade de minério suficiente para construir seis torres semelhantes à Torre Eiffel.
A expansão das escavações fez com que as estruturas fossem afetadas e começassem a surgir fendas nos principais edifícios da cidade. Desta forma, foi anunciada a decisão de mover o centro da cidade e transferi-lo três quilómetros para leste.
Segundo a AFP, a maioria dos edifícios será demolida, no entanto aqueles que forem considerados marcos da cidade serão desmontados e reconstruídos em novos locais. “Trata-se de apenas 35% da área total da cidade“, afirmou o presidente da cidade, em dezembro do ano passado.
Em conjunto com a igreja (eleita a mais bonita do país, em 2001), o edifício da câmara municipal, escolas, lojas e a estação, partem para a nova cidade de cerca de 18 mil habitantes.
A deslocação do centro urbano estará a cargo de duas empresas, a “White Arkitekter” e a “Ghilardi + Hellsten”, que são responsáveis pelo reagorganização do novo munícipio sueco.
Segundo o “The Independent”, espera-se que a mudança avance durante as próximas duas décadas. “Já devíamos ter começado o processo em 2009 ou 2010“, afirmou Peter Johansson da construtora ao “The Wall Street Journal”, preocupado com os danos já causados.
O mesmo jornal avança que, ao todo, três mil casas e apartamentos estão a ser deslocados, juntamente com escritórios e edifícios com serviços municipais.
A maioria dos custos do projeto está a ser financiado pela empresa de exploração mineira estatal, Luossavaara-Kiirunavaara Aktiebolag (LKAB). Até à data, foram gastos cerca de 400 milhões de euros.
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A mundança tem causado reacções por parte da população. “Sinto-me nostálgica e um pouco triste“, afirmou Mia Mörtlund, uma das residentes da cidade, à “Sveriges Radio”. “Para a maior parte da população em Kiruna vê a mudança como algo que faz parte da vida, disse ao “The Independent” Mikael Stenquvist, arquiteto da “White”.
Jornal de Notícias