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Quintino Aires critica Goucha e Cláudio Ramos na última gala do Big Brother

Quintino Aires na mais recente edição da TV Guia, voltou a escrever acerca do Big Brother.

Quintino Aires voltou a escrever umas palavras acerca do Big Brother, após ter sido dispensado no início desta edição do reality show da TVI.

“FAIL! Mais uma vez nas galas do Big Brother. Recebi uma mensagem de uma amiga, que me perguntava se estava a ver a gala. Achou curiosa a relação do Bruno com os pais Interrompi o episódio da série que estava a assistir, mudei de canal e voltei atrás, e vi duas vezes. Lamentável!”, começa por dizer.

Perdeu-se uma excelente oportunidade de ajudar centenas de pessoas em Portugal. O pai do Bruno bem tentava, repetindo várias vezes, que depois do choque no momento tem tentado falar abertamente com o filho. Mas este sempre fugia, mesmo quando o pai tentava por telefone. E a emoção de um pai que se sente impotente perante o muro intransponível que o filho lhe impõe percebia-se no seu rosto. Os apresentadores, empenhados que estavam em corrigir e orientar aquele pai, nem conseguiam ouvir o que ele lhes dizia. O pai repetia que tentava falar com o filho, mas que este não aceitava”, continua.


E os apresentadores insistiam que ele tinha de respeitar, que não era urna escolha do filho. Lamentável perder esta oportunidade. Há quase uma década que digo e escrevo que hoje a homofobia está mais dentro da cabeça de quem está homo-orientado do que em quem os rodeia“, diz ainda.

“A narrativa de vítima, o discurso de agressões que imaginam ser-lhes exclusivo, empurra muitos homossexuais para guetos de sofrimento e de afastamento social e afetivo que me corta o coração. Já estamos longe do tempo, corno aquele em que eu vivi a minha juventude, quando os amigos partiam para outros países depois de escutarem os pais dizerem que aos paneleiros se enfia um peixe pelo c’ e se puxa com força para sentirem as espinhas”.

“O tempo em que ao sair da discoteca à noite, no Príncipe Real, havia sempre o risco de a polícia levar alguém para a esquadra e bater, sem qualquer consequência para os agentes. Mas o mundo mudou. A homofobia ficou retida na cabeça de alguns homossexuais, numa narrativa que os afasta das próprias familia…quele pai quis dizer que desejava conseguir falar com o filho. Era preciso ter dito àquele filho que tivesse coragem e falasse com o pai aqueles filho e pai, e às muitas centenas de pais e filhos que estavam a assistir. Mas perdeu-se a oportunidade. Que pena.”

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