Maria de Lourdes Sousa, mãe de Manuel Luís Goucha, faleceu na passada sexta-feira, 9 de agosto, aos 101 anos.
A triste notícia foi avançada pelo irmão do apresentador da TVI, na madrugada de sábado, 10 de agosto: “Até um dia no céu, minha querida mãe. Agora és uma estrela”, escreveu Carlos Goucha no Facebook.
No início da gala do “Dilema” deste domingo, o apresentador prestou uma homenagem à mãe: “Várias vezes a minha mãe e eu falámos da eventualidade de acontecer este dia. A minha mãe partiu. E eu tenho um programa para apresentar”, começou por dizer.
“A minha mãe sempre me disse, e aliás, fez-me prometer várias vezes que eu não deixaria nunca de trabalhar. E por isso, se me permitem, hoje é por ela. Boa noite. Sejam bem-vindos à sexta gala do Dilema”, rematou.
No final da gala, Manuel Luís Goucha despediu-se dos telespectadores com a voz embargada, foi aplaudido de pé e abraçado pelos colegas: “A vida é feita de escolhas e de consequências e eu há 42 anos escolhi, sempre que estou no ar, estar convosco! Boa noite e, acima de tudo, muito obrigado!”.
Ricardo Martins Pereira, um dos comentadores das galas do “Dilema”, fez uma publicação nas redes sociais dedicada a Manuel Luís Goucha, esta segunda-feira: “Hoje é sobre o Manel. É difícil explicar o privilégio que foi poder estar ontem ali, como podem ver nesta primeira foto, desfocado, atrás do Manel. Era um dia em que quase que aposto que nenhum de nós, a passar o que ele estava a passar, teria vontade, força, de sair sequer da cama. Como muito provavelmente ele não tinha. O Manel apareceu à hora de sempre, fez os ensaios como sempre, entrou na gala com o caráter e profissionalismo de sempre. Mas emocionado, desta vez emocionado, porque esta gala, que a mãe já não viu, era também para ela, como ele o disse, a abrir e a fechar o programa. Ninguém sabe ao certo o que o Manel sentiu lá dentro durante toda a gala. Mas eu estava ali ao lado, e vi-o a sorrir como sempre, a brincar como sempre, a fazer as perguntas certas, as provocações que tinham de ser feitas, a puxar pelas emoções dos concorrentes. Por fora, foi exatamente o mesmo Manel de sempre. Por dentro, só ele sabe. Nós apenas imaginamos”, começou por escrever.
“Conheci pessoalmente o Manel em 2022, quando ele me fez uma entrevista de vida no seu programa da tarde. Depois disso, todos os meses, e sem que absolutamente nada o obrigasse, e sem uma agenda, o Manel enviava-me uma mensagem a saber de mim, como é que eu estava. Ele foi sabendo que, muitas vezes, não estive bem. Que vivia provavelmente um dos anos mais duros da minha vida. E ele nunca parou de perguntar, de querer saber”, recordou.
“Ele é o Manuel Luís Goucha, apresentador de televisão há 30 anos, uma estrela nacional. Eu não sou ninguém. Mas o Manel nunca deixou de se lembrar e de se preocupar. É um orgulho e um privilégio ter partilhado mesa com ele num dia que ele nunca irá esquecer. É um orgulho e privilégio poder ter-lhe dado um abraço ontem“, finalizou ‘O Arrumadinho’.
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