Ricardo Martins Pereira sobre bronca Bárbara Norton de Matos e filha Luz: “É um desabafo de mãe triste”
Ricardo Martins Pereira analisa com emoção a discussão pública entre Bárbara Norton de Matos e Luz: "Contrassenso da filha que rejeita showbiz, mãe sozinha criou-a. Pais erraram jovens, sofrem hoje".
Ricardo Martins Pereira comentou, em tom sereno, o desabafo público de Bárbara Norton de Matos sobre a relação distante com a filha Luz, de 19 anos.
Para o comentador, o episódio revela antes de mais um contrassenso na própria jovem, “Acho que em primeiro lugar é um contrassenso da própria Luz, ou seja, uma miúda que sempre se protegeu das redes sociais, que sempre foi muito crítica em relação a este mundo da mãe do showbiz, que no fundo é o mundo em que ela sempre viveu, porque, tal como o Zé disse, já o avô, o Luís Norton Matos, era uma figura pública, portanto ela sempre viveu no mundo das luzes da ribalta”, disse.
“Portanto, não é um mundo que lhe fosse estranho. Ela pode rejeitar, porque mãe e filha são muito diferentes, são de mundos muito diferentes. A Luz é uma pessoa muito mais virada para as artes, para as artes plásticas, para a expressão plástica, é um bocadinho mais submundo, e a Bárbara Norton de Matos é uma estrela de novelas. Portanto, são dois mundos muito diferentes”, continuou,
O post da atriz, não parece uma “alfinetada ao Gonçalo”. “Aquilo que eu sinto que a Bárbara quis fazer foi um desabafo. Eu leio o post da Bárbara e não vejo ali como objetivo principal uma alfinetada ao Gonçalo. Não vejo. Acho que isso é um efeito colateral, não acho que seja esse o principal sentimento da Bárbara quando partilha aquele texto”, explicou. “Aquilo que eu sinto, também daquilo que conheço da Bárbara Norton de Matos, é que aquilo é um desabafo de uma mãe que está triste. É uma mãe que está triste que não fala com a filha. Que a filha não fala com ela, que ela não consegue chegar à filha.” Luz viveu “praticamente a vida toda com ela”.
“A Bárbara sente que criou a Luz sozinha”, sublinhou. “Independentemente de o Gonçalo ter cumprido sempre com aquilo que estava acordado pela lei. E ele pode alegar isso e não tenho nenhuma dúvida de que o tenha feito e pagava a pensão de alimentos. Mas ser pai e ser mãe não é só pagar a pensão de alimentos, é estar lá.”
Ricardo recorda que, aos 26 anos, Bárbara teve a primeira filha, provavelmente também a de Gonçalo, “Queria só acrescentar uma coisa que é, são aqueles elementos que às vezes nós temos que ter em conta quando queremos avaliar este tipo de situações, que é, quando a Luz nasceu, foi a primeira filha da Bárbara que tinha 26 anos, e presumo que a primeira filha do Gonçalo também, e muitas vezes os pais tomam decisões erradas”, disse. “E uma criança, ou um adulto de 19 anos, que teve 16 e que teve 15, muitas vezes eles não entendem essas decisões e julgam os pais por essas decisões que eles tomam. Mas eles não conseguem ter o discernimento, e às vezes é preciso parar para pensar, que provavelmente os pais tomaram opções erradas porque não conseguiram fazer melhor. Aquilo foi o melhor que eles conseguiram fazer com aquelas idades, com a experiência e com aquele momento de vida.” Hoje, ambos “se calhar se voltassem atrás no tempo, tinham tomado decisões diferentes em relação à guarda, em relação às pensões de alimentos e tudo mais”. “E eles próprios sofrem, certeza absoluta, o Gonçalo com a decisão que tomou de não ter visto a filha durante mais tempo, e a Bárbara com a decisão que tomou, se calhar, de não ter criado a relação que ela queria ter criado com a filha. Erraram, eles sofrem com isso”, concluiu.
Ver uma discussão familiar assim exposta nas redes deixa-o triste, “Ver nas redes sociais uma discussão desta forma, entre uma mãe e uma filha, é uma coisa que me deixa triste.”