Rita Belinha prestou uma homenagem emotiva nas redes sociais, esta terça-feira, 12 de setembro.
“Onde estás, pai? Passaram quinze anos e continuo sem saber onde estás. Não sei se estás no céu. Não sei se andas por aqui connosco sem que te vejamos. As pessoas dizem muita coisa mas eu não sei onde estás. Se calhar estás só mesmo de baixo da terra. Há poucos dias uma senhora que não conhecia veio ter comigo e disse-me que a salvaste… “Se não fosse o Alfredo não sei o que teria sido de mim…”. E eu fico tão feliz quando ainda me falam de ti, me contam histórias que eu desconhecia e recordam memórias que deixaste”, começou por escrever a repórter e apresentadora da RTP.
“Passaram quinze anos desde que te foste embora e não podias ter ido. Não sei onde estás mas às vezes sinto-te. Sinto-te nas músicas que gostavas, em expressões que ao espelho vejo que faço, sinto-te de mão dada comigo à beira-mar, como tu querias andar sempre, mesmo quando eu já tinha dezasseis anos e outra pessoa para andar de mão dada. Às vezes ponho o Bernardo no murinho da nossa praia e caminho de mão dada com ele como fazias comigo. Nesse momento imagino-te a sorrir lá de cima a assistir. Sinto o teu beijinho de todos os dias à noite, na cama, antes de te ires deitar. Na maioria das vezes eu fazia de conta que já estava a dormir“, acrescentou.
“Eras o meu pai. Mesmo com tantos defeitos. E caramba. Eu amava-te muito. Não podias ter ido embora. E não podias deixar que passassem quinze anos e que eu continuasse a sofrer assim. Não te perdoo por me teres deixado aqui sem ti. Não estiveste aqui para ver os teus netos a nascer, para lhes pegares ao colo. Tenho a certeza que ias ser um avô incrível e babado e que nem sequer ias aceitar que eu não quisesse ninguém na maternidade. Não estiveste aqui para me levar no dia em que casei com o amor da minha vida. Passaram quinze anos e não estiveste aqui nos momentos mais importantes e felizes da minha história. Já nem sei bem se isto é saudade, se é só uma dor que nunca vai passar. Não estás aqui e isso dói sempre“, rematou Rita Belinha.
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