Serenella Andrade está magoada com a RTP, onde trabalha há quase 40 anos.
A apresentadora deu uma entrevista ao podcast “Gender Calling” e confessou sentir-se injustiçada por estar na “prateleira”, sem projetos fixos.
“Entrei para os quadros tinha para aí 37 [anos]. De repente, as coisas estagnaram. Em vez de continuar a fazer programas eram locuções off, que eu até gostava, mas mais nada. Como dizia a [Cristina] Caras Lindas, passei de princesa a um número”, lamentou.
Esta situação foi comentada na crónica ‘Dora, a espectadora’, da revista Boa Onda do Correio da Manhã: “É indisfarçável o que lhe está a ser feito na RTP. Indisfarçável, repugnante e, infelizmente, muito comum. Serenella Andrade está afastada dos ecrãs numa estação onde isso acontece aos melhores”, começou por escrever.
“Fizeram-no a Helena Ramos (muito homenageada apenas quando morreu), a Eládio Clímaco, a Margarida Mercês de Mello e a uma lista infindável de alguns dos comunicadores mais queridos do público. No seu lugar aparece uma geração de nulidades incensada pelo inenarrável José “Fracasso”. Serenella não tinha um lugar cativo em antena, claro, mas o seu afastamento é comentado pelos corredores como uma retaliação contra o seu irmão Hugo que trocou a estação pública pela TVI”, acrescentou.
“O mal que está a ser feito à RTP perdurará muito para lá dos mandatos e dos contratos de uma série de génios que nada lhe acrescentaram”, rematou.
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