SIC está “financeiramente de rastos”, mas aproxima-se da TVI nas audiências

Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre (dona do Correio da Manhã), analisou o cenário da SIC nas audiências.

“Quando a SIC se preparava para ultrapassar a TVI e voltar à liderança do consumo televisivo, janeiro de 2019 foi o último mês em que o canal 4 ficou à frente. Só em fevereiro a ordem dos canais mudou, mas janeiro já tinha deixado indicações sobre o futuro imediato. Em 2024, o primeiro mês do ano voltou a marcar o fim de um ciclo”, começou por escrever na sua crónica na revista TV Guia desta semana.

“Foi a última vitória da SIC antes de a TVI voltar à liderança do mercado, liderança essa que só foi interrompida circunstancialmente no verão passado. Por todas estas circunstâncias históricas, os resultados de audiências do mês de janeiro são muito relevantes. E o que é digno de registo é que, apesar de estar financeiramente de rastos, a SIC conseguiu aproximar-se de forma extraordinária da TVI, e prepara-se para reduzir para metade, ou menos de metade, a distância em relação ao líder”, acrescentou.

“Vejamos: em dezembro, a TVI fechou com 1,6 pontos percentuais de avanço. A caminho do último terço do mês de janeiro, a diferença está em 6 décimas de ponto percentual. Esta aproximação entre os canais privados tem um motivo, aqui explanado: na hora H, a principal novela da TVI fraquejou. A evolução dos noticiários e do reality-show será a prova dos 9 para a TVI conseguir manter-se como canal mais visto. Neste momento, não é certo que consiga superiorizar-se a uma das versões mais depauperadas da História da SIC. Isso não é bom sinal”, rematou Carlos Rodrigues.

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