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Debate instrutório: Fadista Cristina Branco descreve acidente que vitimou Sara Carreira

"O meu carro ficou na via central. Passaram carros de um lado e do outro. Ambas as vias estavam livres"

Teve início esta quinta-feira, 16 de março, o debate instrutório do processo da morte de Sara Carreira, no Tribunal de Santarém.

A fadista Cristina Branco quebrou o silêncio sobre o acidente que decorreu a 5 de dezembro de 2020: “Passei o pórtico da portagem de Santarém e o momento seguinte foi o embate. Estou ao telefone com o 112, agarrada à minha filha e ela diz que um carro vai bater. Eu estava com atenção a conduzir, estava a ligar o sistema, vejo umas luzes, travo, acontece o embate. Tinha sangue na cara”, cita o Correio da Manhã.

O meu carro ficou na via central. Passaram carros de um lado e do outro. Ambas as vias estavam livres. Tenho a certeza que travei. E pus a mão direita no peito da minha filha. A minha percepção é que bati numa parede e o carro gira. O instinto de mãe foi pegar na filha e fugir. Fiquei a protegê-la, jamais a deixaria ali sozinha. Não tenho noção do tempo que passou, pareceram horas até ao embate seguinte”, explicou.

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Perante as circunstâncias não consegui sinalizar o acidente. Se fosse colocar triângulo atrás não ia adiantar”, referiu Cristina Branco. “Vi duas luzes vermelhas mesmo à minha frente, antes do acidente, não sei se era de presença ou travões. Há um carro que vai embater no carro que está capotado”, acrescentou.

Nuno Rocha, ex-companheiro de Cristina Branco, também prestou declarações: “A Cristina ligou para mim do telefone da miúda, tudo muito atabalhoado. Disse que tinha acabado de entrar na A1 em Santarém. Tinha sangue no nariz mas estava ok. Foi tudo muito rápido, objetivo era ligar ao 112. Ligo, quando tento descrever o local percebi que já estavam a chamar meios de socorro para o local”.

Mais tarde ela [Cristina Branco] liga para o filho mais velho, que estava comigo, já tinha ocorrido o segundo acidente. Ela mal conseguia falar. Passou o telefone à Margarida, a filha, que também começa a chorar. Só no segundo telefonema percebi que estavam no separador central [e não na berma]”, recordou, de acordo com o CM.

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