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“O sistema treme, o Chega dança, e o PS tropeça” – Partido Chega vitorioso com emigrantes

"A ascensão do Chega é barulhenta, mas é o colapso socialista que muda o tabuleiro político."

Está confirmado que André Ventura é líder da oposição, após a contagem dos votos dos emigrantes portugueses. De destacar que o Chega venceu na Suíça, Franca, Reino Unido e Luxemburgo.

Martim Silva refletiu, na SIC Notícias, sobre o resultado eleitoral que reforçou a presença do Chega ao Parlamento e confirmou como o partido da oposição, destacou o impacto simbólico e estrutural dessa mudança no sistema político português.

“O simbolismo desta noite”, começou Martim Silva, “é o facto de o Chega ter conseguido alcançar dois deputados a mais do que o PS, mesmo ficando ligeiramente atrás em número de votos.” Para o jornalista, este dado consubstancia uma viragem na estrutura política portuguesa: “Isto é um abanão nos 50 anos que nós tínhamos de sistema partidário. Um abanão totalmente novo.”

Dá ainda nota que a verdadeira rutura está no surgimento de três grandes partidos, não tanto na performance específica de cada um: “Se o Chega tivesse 57 deputados e o PS 58, o abanão existia à mesma. O problema, ou melhor, a mudança estrutural, é haver três grandes partidos.”

O Partido Chega de André Ventura faz a festa, “Isto para o Chega vai ser uma noite de festejos e dizer que a seguir vem o PSD e depois tomamos o país, etc, etc.”, Contudo, dá conta que ‘realidade parlamentar será bem mais complexa’ e que um eventual entre a AD e o Chega continua difícil — ou mesmo inviável: “A dificuldade de entendimentos entre o PSD, a AD e o Chega não deixou de existir e provavelmente até vai ser pior para quem achar que não.”

A verdade é que o Partido Socialista está de rastos com tudo isto, “Mais do que pelo facto de serem dois terços dos deputados à direita, [Montenegro e o governo] ganham folgo pelo estado comatoso em que ficou o PS. O PS deixou de ter um discurso para as massas.” 

Portanto, o PS terá de se reorganizar internamente, e encontrar uma ‘identidade popular’, “Voltar a ser o partido das classes trabalhadoras, das classes médias, como dizia o autarca de Loures que aqui tivemos, é algo que não se faz em dois dias, em dois meses e veremos se se faz em dois anos.”

Em jeito de remate final, “Vai respirar durante mais tempo, mas já não pode ser um governo de comissão eleitoral a distribuir cheques.” Citando com ironia o comentador Pedro Gomes Sanches, rematou: “Agora está na hora de reformar o país e de governar.”

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