João Maria Tudela

O cantor e apresentador de televisão João Maria Tudela faleceu a 22 de abril de 2011, há exatamente 13 anos, vítima de um AVC que o deixou em coma profundo. No Facebook, Júlio Isidro prestou homenagem ao amigo: "PASSARAM 13 ANOS SOBRE A NOTÍCIA. As Noites de Gala chegavam ao fim. Como não esqueço, continuo a tirar o chapéu ao meu caro amigo João Maria Tudela. Fazer da vida um ato de elegância, um gesto de sedução e o culto do bom gosto não é para todos. Levar essa postura para os palcos e sonhar que as relações entre a as pessoas podem ser feitas com o fairplay que punha nos torneios de ténis que ganhava sempre moralmente, ou no seu Benfica que amava com respeito pelos outros, é ainda para muitos menos", começou por escrever. "Passou pela vida sem cedências ao basismo, à mediocridade, baixeza de sentimentos, inveja, maledicência e ao oportunismo. Acreditava em tantas coisas de forma tão diferente das minhas convicções, desde o Sporting, ao rumo do nosso país e ao mundo. Nem por isso deixámos conversas por ter, nem amargos de boca por sermos tão opositores. A sua educação e o trato afável, não impediam um certo senso de humor cáustico para uso em petit comitée. Sabias tão bem, dizer mal....e era um contador de estórias fascinante. Tiro-lhe o chapéu pelo que foi, pelo sorriso perante as dificuldades, pelo pai obcecado de amor e pelo companheiro de tantos artistas que contigo se cruzaram", acrescentou. "Os “miúdos” a Carlota e o João, fazem percursos de vida com talento e trabalho, um suspiro tranquilo nas alturas, para este pai galinha. Passam treze anos de ausência que eu recuso apagar na poeira deste tempo desmemoriado. Se cá estivesse, gostaria de o ter como convidado no Inesquecível, onde só não foi porque aquela noite a passear o cão num jardim, não estava nas nossas profecias. Um coração delicado, educado e generoso não devia parar assim, de repente. Kanimambo, amigo João Maria que é como quem diz em changane do seu Moçambique, Obrigado", rematou Júlio Isidro.

Júlio Isidro recorda João Maria Tudela: “Passam treze anos de ausência que eu recuso apagar na poeira deste tempo desmemoriado”