O primeiro duelo não deixou dúvidas. ‘Casa dos Segredos’ liderou as audiências na noite de domingo, batendo ‘Toca a Mexer’, na SIC, com uma vantagem de quase 600 mil telespectadores.
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O reality show apresentado por Teresa Guilherme, depois de ter arrasado na estreia com perto de dois milhões de pessoas, foi visto na segunda gala por quase 1,4 milhões. Já o concurso conduzido por Bárbara Guimarães, que estreou no último domingo e que põe concorrentes com excesso de peso a dançar, nem sequer figura no Top 15 semanal, segundo os dados divulgados pela CAEM.
Os resultados não surpreenderam certamente Teresa Guilherme, que sempre acreditou no poder do ‘voyeurismo’. “Ficava muito admirada se perdesse para a SIC”, disse em entrevista à Correio TV, poucos dias antes da estreia da terceira edição de ‘Casa dos Segredos’. “O ano passado, os gordinhos [‘Peso Pesado’] não fizeram mal. Mas ficava surpreendida se acontecesse. Por um motivo: a ‘Casa dos Segredos’ é um formato muito forte”, referiu na altura.
O que poderá ser surpresa para alguns é o facto de durante a semana, a ficção da SIC revelar-se uma ameaça cada vez maior, até para um formato tão ‘forte’. Depois de roubar a liderança às novelas da TVI, a ficção de Carnaxide já começou a conquistar público aos espaços diários de ‘Casa dos Segredos’, apresentados por Leonor Poeiras. O primeiro programa, exibido em 17 de Setembro, ainda conseguiu ganhar a ‘Dancin’ Days’, mas por uma diferença de apenas 56 500 telespectadores.
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No dia seguinte, a primeira noite de nomeações, em que também foi expulsa a primeira concorrente, Tracy, já não conseguiu o mesmo resultado e acabou por perder para a novela da SIC, que obteve uma vantagem de 365 900 telespectadores. A partir de então, ‘Dancin’ Days’ tem mantido a liderança. ‘Casa dos Segredos’ só voltou a ganhar nas audiências no fim-de-semana, ao enfrentarem rivais mais ‘fracos’, como ‘Família Mata’, ao sábado, e a estreia de ‘Toca a Mexer’, no domingo.
Há quase duas semanas dentro da ‘Casa dos Segredos 3′, os concorrentes ainda não tiveram oportunidade de mostrar realmente o que valem, embora a ideia geral seja a de que estão a levar o jogo mais a sério do que nas edições anteriores. Ainda assim, faltam as tão aguardadas cenas de sexo ou de violência que despertam a atenção de qualquer um. Além disso, o facto da maioria dos segredos já ter sido revelada eliminou o pouco mistério que podia ainda existir relativamente ao formato.
“Os segredos são muito importantes. Na fase de selecção dos concorrentes são os melhores segredos que prevalecem acima de qualquer outro critério. A escolha de Fanny, por exemplo, foi uma dúvida até ao fim, já que o segredo [sou consumidora compulsiva] era fraco”, diz Teresa Guilherme à Correio TV.
Aos olhos de alguns ex-concorrentes, a terceira edição de ‘Casa dos Segredos’ tem tudo para conquistar os telespectadores. E uma coisa é certa, o jogo nunca esteve tão competitivo. “Está a ser muito forte. Não tem nada a ver com a edição anterior”, diz à Correio TV Daniela Pimenta, que participou na segunda temporada do reality show da TVI. “Os concorrentes têm personalidades muito fortes e há muita faísca entre eles. O jogo está a tornar-se um pouco agressivo e acredito que, mais tarde ou mais cedo, acabe em confusão”, acrescenta.
Sobre os segredos, Daniela acredita que são “bons”, mas o facto de a maioria já ter sido revelada faz com que “tenha de haver ainda mais jogo entre eles.” A actual actriz e cantora diz ainda que os concorrentes “deviam divertir-se mais, em vez de se preocuparem tanto com ciúmes e críticas”, e elege Hélio como o seu preferido à vitória. “Acho-lhe muita piada. É o máximo. Mas também gosto do Arnaldo, até porque o conheço.”
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Marco Costa, outro ex-concorrente de ‘Casa dos Segredos 2′, segue com atenção a terceira edição e concorda que os participantes estão muito “focados no jogo”. “O casting foi muito bem feito e o programa está a ser engraçado. É verdade que conhecer os segredos quebra um pouco o interesse, mas isso tem tudo a ver com o concorrente que pode, ou não, ser afectado por isso”, adianta Marco, que também vota em Hélio para vencedor, apesar da concorrência ser feroz. “Há sempre os meninos bonitos que conquistam o público. E depois há o Cláudio, que é um rapaz à maneira e tem tanto homens como mulheres atrás dele!”
Já António, vencedor da primeira edição do reality show, aprecia as “fofocas” dentro da casa. “Eles levam o jogo mais a sério e isso cria situações divertidas”, revela à Correio TV o antigo pastor de Baião, cujo segredo era “tive um bar de alterne.” Sem fazer previsões sobre vencedores, diz que tem uma preferida, uma “deusa grega” cujo nome prefere não revelar. “Espero que seja a última a sair, para depois poder juntar o meu dinheiro ao dela”, brinca.
Cleide, advogada e ex-concorrente da segunda edição de ‘Casa dos Segredos’, não perde pitada do programa e diz mesmo que “estes são os concorrentes com o melhor perfil de sempre”. “São todos super indicados para o programa. Muito competitivos e é um grupo que joga muito. Desde o primeiro dia”, diz. Quanto a favoritos, confessa “gostar de todos”, mas “talvez a Vanessa seja a pessoa com quem mais me identifico, por ser pacata”. Quanto aos segredos conhecidos, é peremptória: “O facto de serem descobertos nunca interferiu muito. Na minha opinião, isso não tem peso cá fora. Não é por isso que as pessoas deixam de gostar de ver o jogo e de ter os seus favoritos.“
Já Miguel Caleira, o psicólogo clínico de Setúbal cujo segredo era ser filho de um bispo em ‘Casa dos Segredos 2′, diz que o facto dos concorrentes levarem o jogo muito a sério faz perder o interesse. “Eles já foram muito bem preparados para a casa. Começaram a formar grupos muito cedo e a estudar as nomeações logo na primeira semana, o que retira toda a espontaneidade”, comenta. No que diz respeito a preferidos, Miguel elege Hélio. “É o mais espontâneo e está em vantagem por causa do vídeo na internet, que foi um sucesso.”
