Teresa Guilherme: “A ‘Casa’ não é o que faço melhor”
Convencida que vai ganhar o duelo com ‘Toca a Mexer’ (SIC),Teresa Guilherme confessa que não se sente apresentadora. Apesar disso, está ansiosa com a estreia de ‘Casa dos Segredos 3’.
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– Estamos a dois dias da estreia da terceira ‘Casa dos Segredos’…
– [suspira] Isso dá-me logo um pânico…
– Ainda fica muito nervosa antes da estreia?
– O primeiro programa é de muita responsabilidade… é enorme… é um virar de página porque, mal os concorrentes entram, começa um novo tipo de envolvimento. Antes, só os conheço pelas fotografias, questionários e castings em vídeo. Depois, tudo muda.
– Que novidades podemos esperar do formato?
– O programa de terça-feira não vai ser como o do ano passado. Vai ter umas surpresas, mas mais não posso revelar.
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– Já viu a casa?
– Perguntaram-me se queria ver mas disse que era uma perda de tempo e só via no ensaio. As pessoas têm muita curiosidade é de ver onde estão as câmaras escondidas, que filmam a casa. Nunca fui a essa área.
– Nunca foi?
– Não. Quero ter a mesma perspectiva que as pessoas têm dos concorrentes. E sou fácil de influenciar… começo a criar os meus favoritos… que, normalmente, as pessoas não acertam quem é. Acham que é meu favorito quem não é.
– E já tem favoritos para esta edição?
– Claro. Mas isso muda. As pessoas que dão um belo casting, podem não dar um belo concorrente.
– Daquilo que já pôde ver, temos um “belo casting”?
– É complicado. Aquilo que vemos não quer dizer que seja aquilo que depois passa para fora. Nunca se sabe o que temos… esperemos que sim, que sejam bons.
– Só vê as imagens que os espectadores têm acesso?
– Vejo o que os espectadores vêem, apesar de poder ter acesso a mais. Mas sei tudo e mais alguma coisa sobre os concorrentes, mesmo aquilo que eles escondem.
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– O que responde a quem diz que o programa é telelixo?
– Digo que há muitos espectadores lixo. Gostava de saber o que não é telelixo. É a informação? É a ficção? Não, o telelixo é tudo o que é divertido e inconsequente. Percebo que as pessoas digam que a ‘Casa dos Segredos’ ou o ‘Big Brother’ são polémicos, não acho, mas pronto. Lembro–me de conversar com o José Eduardo Moniz e ter dito que íamos abrir a porta a um monstro que não mais iria sair.
– Acredita que esse ‘monstro’ vai ficar muito mais tempo?
– Não vai passar. A partir do momento em que algumas barreiras se quebram… O povo tomou conta da televisão. Sempre defendi que todas as pessoas têm uma história para contar. Agora, surpreende-me como é que a Fanny, o Ricardo ou o Marco [concorrentes da 2.ª temporada de ‘Casa dos Segredos] ainda são capa de revista.
– Os concorrentes estão a ter mais tempo mediático do que é normal…
– Há muita história para contar. Sou boa a contar histórias, a puxar por eles. Mas é preciso que tenham alguma coisa.
– E vê-se a continuar neste ‘monstro’ por muito tempo?
– Enquanto me divertir, sim. Maça-me um bocado que tenha sido produtora de tudo e mais alguma coisa, mas este programa tenha uma força tal que as pessoas só me ligam a ele. Na realidade, sou produtora. Não me sinto apresentadora. A apresentação é uma coisa que faço só porque me diverte. A ‘Casa’ não é o que faço melhor. Vou ter de voltar à produção senão saio desta profissão com um amargo de boca.
– Então, até quando quer ser apresentadora?
– Essa coisa do ‘muito mais tempo’ começa a ser um desafio engraçado porque não há muitas pessoas da minha idade a apresentar TV. Isso é giro.
– O conflito com a Júlia Pinheiro está ultrapassado?
– Esse conflito nunca existiu. O que disse foi que, para este tipo de programa, que precisa de muita pesquisa, de uma aplicação exagerada, a minha apresentação funciona melhor. A Júlia é mais improvisadora. Não é melhor ou pior, é outra coisa. Ela é, por exemplo, melhor a fazer programas de dia.
– Chegaram a trocar insultos.
– Não foram insultos. Foi um momento. Ela também já veio dizer que foi um disparate.
– Já se voltaram a cruzar?
– Não. Nunca fomos amigas. Mas também gosto muito da Bárbara [Guimarães] e não me dou com ela no dia-a-dia.
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