6- Não ter filhos foi uma opção ou desejava viver a experiência da maternidade mas não aconteceu? (Maria Santos, Porto)
– Nunca aconteceu porque nunca quis. Adoro os filhos e os netos dos meus amigos, e apesar de me dar lindamente com as mentes criativas e maravilhosas das crianças nunca senti o apelo de ser mãe. Não me senti à altura da responsabilidade. Criar uma nova pessoa é o trabalho mais exigente do Mundo.
7- Ainda mantém o sonho de se mudar para o Brasil? Porquê? (Mário Cruz, E-mail)
– Não é um sonho, é uma necessidade. Quero continuar a trabalhar como produtora, e aqui o mercado está muito reduzido. O Brasil está numa época florescente. Mas não tomei nenhuma decisão. Ainda tenho um ou dois sonhos para concretizar no nosso país.
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8- Disse que tomava calmantes antes de entrar em directo. O que é que a deixa mais nervosa? (António Matos, E-mail)
– O calmante que tenho por tradição tomar antes de entrar em cena, no teatro e na televisão, não é para me acalmar, porque não é nervoso o que sinto, mas sim entusiasmo. Fico mais focada e consigo falar mais devagar. O que convém, senão ninguém percebia nada das mil coisas que quero dizer ao mesmo tempo.
9- Faz sucesso na vida profissional. Também se sente realizada no amor? (Lídia Nunes, Lisboa)
– Não me posso queixar. Claro que tanto profissional como afectivamente há momentos bons e menos bons. Mas tudo faz parte da vida, e prefiro guardar só na memória os gloriosos.
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10- Já revelou que gosta de homens mais novos. Porquê? O que mais a cativa? (João Andrade Cunha, Tarouca)
– Gosto de homens, quer sejam amores ou amigos, que estejam tão apaixonados pela vida como eu. Com a idade, as pessoas têm tendência a “instalar-se” e a não querer “arriscar”, preferem uma monotonia segura a ousarem a novidade. Acredito que a vida não é dia sim dia não e tento viver a minha sempre com o entusiasmo de não perder nem um momento.
