Teresa Guilherme: “Não sou saudosista. Vivo o agora”
Depois de dois meses de férias, Teresa Guilherme regressa à TVI. A Casa dos Segredos está de volta e a apresentadora acredita que esta vai ser a melhor de todas as edições. Para abraçar este desafio, a anfitriã esteve a carregar baterias em África e manteve a dieta que a fez perder nove quilos durante o Big Brother VIP. Quando a entrevistámos, também já tinha ido ao dr. Chams (médico de famosas como a princesa Letizia) fazer o tratamento à cara, que efetua religiosamente de três em três meses.
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Faltava-lhe apenas ir consultar os búzios, para saber como iria correr a estreia. Pelo meio da conversa, Teresa admitiu que tem saudades de apresentar um talk show e que espera que a TVI defina o vínculo que tem com ela há três anos, que ainda não passa por um contrato com continuidade de trabalho.
VIP – Quais as maiores diferenças entre o Big Brother e a Casa dos Segredos?
Teresa Guilherme – A Casa dos Segredos é filha do Big Brother. Neste BB VIP fizemos tantas loucuras que conseguimos elevar a fasquia do divertimento. Conseguimos ser bastante irreverentes, o que significa que se abriu uma porta. Obviamente que, na Casa, não a vamos fechar.
Isso significa que o público pode contar com mais irreverência neste programa?
Sim. A grande diferença na Casa é que se joga com segredos. Os concorrentes são escolhidos pelas histórias de vida. Ainda não conheço muito bem os participantes, mas posso afirmar que este é talvez o grupo com segredos mais surpreendentes. Agora, o sucesso do programa tem muito a ver com a forma como o elenco interage.
É mais difícil apresentar a Casa ou o BB?
Depois de ter apresentado o Big Brother VIP ,posso dizer que apresentar a Casa dos Segredos é mais difícil, é mais duro. Tinha receio do BB porque conhecia aquelas pessoas todas e tinha de falar com elas, com as famílias. Toda a gente sabe – nunca escondi – que gosto mais de programas com anónimos, mas acabou por ser muito divertido falar com pessoas que já conhecia. A Casa acaba também por ser, para mim, mais emocionante porque vão sempre existir discussões, mas eu acho que esta edição vai ter uma novidade que é ir ter a ligeireza do BB VIP. As pessoas que concorreram a esta Casa viram o BB VIP e, provavelmente, vão copiar aquele espírito.
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Depois de ter apresentado tantas edições de reality shows, que conselhos daria aos concorrentes deste programa?
Não vão com estratégias porque, assim que o programa começa e a porta se fecha, tudo muda. O que é difícil ali é que, em poucos minutos, ficas fechado numa casa com um monte de pessoas que não conheces e que vais ter de aturar. Cá fora, se te chateias com alguém, podes ir embora. Ali não. Essa é sempre a maior queixa dos participantes. Depois, diria que têm de estar preparados para fazerem coisas que, à partida, nunca fariam.
Ao fim destes anos todos, continua a entusiasmá- la conduzir este tipo de programas?
Eu gosto destes formatos. Dou muito de mim porque sou eu, sozinha, a falar com muitas pessoas. Mais: com o avançar do programa, os participantes, por estarem tanto tempo fechados, ficam psicologicamente frágeis. Então, costumo dizer que, a partir do meio do programa, tenho de aguentar os concorrentes pelas orelhas. O que é difícil é aparecer outro programa tão emocionante. Mas gostava de apresentar um “mais leve”.
Como, por exemplo?
Um concurso. Podia ser de perguntas e respostas, mas tinha de ser diferente e surpreendente. Nada do que já há. Ou, então, podia voltar aos talk shows. Comecei por aí e já tenho saudades.
Já disse isso à TVI?
Não. O que disse à TVI é que o nosso vínculo devia esclarecer-se. Não sou empregada da TVI, mas há dois ou três anos que trabalho com eles; sou a cara do canal, sem ser do canal.
Queria um contrato?
Não se trata tanto de ter um contrato. É uma continuidade de trabalho. Até porque gostava de voltar a produzir. Eu digo sempre que sou produtora e apresentadora. Não o contrário.
Tem por hábito recorrer aos búzios antes dos momentos importantes. Também o fez nesta estreia?
Desta vez, ainda não, mas ainda vou a tempo. A verdade é que estou “na boa”, com esta estreia.
Entre o fim do BB VIP e a estreia desta Casa teve dois meses de férias. O que aproveitou para fazer? Sempre foi viajar?
Sim. Fui fazer uma viagem que já tinha feito há uns anos e que queria muito repetir. Fiz um safari fotográfico por África. Passei por vários países africanos, visitando os seus parques e reservas naturais. Não digo quanto tempo fiquei em viagem, mas foi o tempo suficiente, foi uma viagem completamente turística.
Então, fartou-se de tirar fotos?
Não tiro fotos a mim mesma nem compro recordações em viagem. O que tem de ficar na nossa cabeça, fica. Adoro fotos, mas não de as tirar a mim. Tirar fotos é tentar parar o tempo e aprendi que as recordações não servem para nada. Eu não sou saudosista, não vejo trabalhos passados, não vejo fotos antigas. Eu vivo o agora.
É uma mulher feliz?
Há momentos bons e menos bons na minha vida. O segredo é dar valor às pequenas conquistas e encarar tudo com sentido de humor. Todas as coisas passam, sejam boas ou más. Temos é de perceber isso e relativizar tudo.
O que mais gostou nestas férias?
Desta vez, foi de ver os elefantes à solta. Da última vez, recordo-me que vim encantada com os hipopótamos.
Acabou o BB VIP com menos nove quilos. Mantém a dieta?
Não, agora apenas mantenho o peso que perdi. Mas manter é mais fácil. Basicamente, não como doces, não como fritos, não como carne. Às vezes, faço umas asneiras. Ainda ontem fui jantar com uns amigos a um rodízio de pizzas. Hoje já sei que tenho de compensar os excessos.
E cuida de si. Continua a fazer tratamentos no dr. Chams?
Continuo a fazer tratamentos à cara, vou lá de três em três meses. Já lá fui agora, para estar bem para o programa. Não podia ir muito em cima da data de estreia, se não corria o risco de se notarem as intervenções no ecrã.
Aos 58 anos sente-se bem consigo? Gosta do que vê ao espelho?
A minha motivação não é tanto a minha imagem, mas sim a minha saúde. Nem consigo pensar que um dia vou perder a minha vitalidade. Eu sei que não é preciso envelhecer para ficar doente. Quando somos novos pensamos que somos imortais. Quando amadurecemos agradecemos todos os dias o facto de estarmos vivos, sem doenças.
Assusta-a envelhecer?
Sou uma pessoa prática e o que penso é que tenho que estar bem, independentemente da idade que tenho. Por enquanto, não tenho limitações nenhumas.
Em casa também tem um bom exemplo. A sua mãe, Lídia Ribeiro, está ótima.
Sim, o exemplo de uma ajuda a outra.
revista vip | Sónia Salgueiro Silva