Teresa Guilherme sobre a Casa dos Segredos 4: “lutei para que duas pessoas entrassem”

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Apresentadora regressa este domingo ao ecrã da estação de Queluz com uma nova edição de ‘Secret Story’. Promete um bom casting de concorrentes e boas histórias.

– A ‘Casa dos Segredos 4′ será o terceiro reality show que apresenta no espaço de apenas um ano. Ainda não está cansada?

– Não. É um programa como todos os outros…

– Mas são meses cansativos?

– Muito divertidos também. Tem as duas coisas. Se as pessoas não estão cansadas, eu também não estou. Há sempre expectativa em relação aos concorrentes, mas acho que temos um bom casting. Temos o melhor conjunto de segredos que alguma vez tivemos, são muito bons. Há histórias de vida interessantes: umas divertidas, outras mais sérias e dramáticas… temos para todos os gostos. Mas só depois de se fechar a porta da casa vamos saber quem são as pessoas naquela aventura. Por mais que me prepare, eles são sempre uma surpresa.

– A escolha dos concorrentes foi difícil?

– Por acaso até não foi, talvez a mais rápida de todas. Mas continua a haver gente a mais e vamos ter algumas coisas diferentes no programa de abertura. Vai haver várias surpresas ao longo da primeira semana.

– Continua a gostar mais de formatos com anónimos?

– Sim. E voltou a provar-se. Sei que fiz um brilharete no ‘Big Brother VIP’, tenho consciência disso, com um programa que foi difícil. Por isso gosto mais dos anónimos.

– Houve algum candidato por quem lutou pessoalmente para que entrasse?

– Duas pessoas. E vão entrar.

– O que é que esta edição vai ter então de diferente?

– Não posso dizer nada… nem se ‘a voz’ vai ter uma missão diferente, ou acrescida…

– Para estar a dizer isso é porque vai ter.

– Há alterações, sim. Ao longo deste ano, nos outros programas [‘Casa dos Segredos: Desafio Final’ e ‘Big Brother VIP’], as pessoas foram-se habituando às partidas. Portanto, já estão à espera de tudo. Há uma maior abertura a todas as possibilidades. É nisso que estamos a jogar.

– Essas partidas de que fala são um recurso para ter mais audiências?

– Fazer a mesma coisa tanta vez seguida não tem graça. É a evolução normal.

– Isso não cria a sensação no telespectador de que não é ele que decide quem ganha?

– Mas é. Para o bem e para o mal.

– Uma das surpresas será uma casa com dois andares?

– Andares não, mas quartos grandes sempre teve. Como vamos utilizar os quartos é que é uma coisa diferente. E mais não digo.

– Surpreendeu-a a escolha do dia 29 [de eleições autárquicas] para estrear?

– Não. Isso é uma questão estrutural da estação. E é concertado entre a direção de informação e programas.

– Depois de terem sido faladas outras datas, isto não dá uma imagem de instabilidade na TVI?

– Não. O que acho é que se precipitaram com algumas datas. O que gostaria é que tivesse estreado dia 22.

– É a ‘Casa’ que vai recuperar a liderança da TVI no horário nobre de semana?

– Acho é que ‘Belmonte’ estreou tarde e devia ter estreado em cima de ‘Sol de Inverno’ [da SIC], que assim não tinha brilhado como brilhou. Mas vamos ver como é que ‘Sol de Inverno’ funciona… pago para ver. Sempre acreditei em ‘Belmonte’. Isto foi um desequilíbrio, não uma queda. Está tudo por jogar. Se a SIC e a TVI estão mais perto uma da outra? Estão! Se isso é uma coisa perigosa? É! Se isso dá mais gozo? Dá…

– O que é que lhe parece o ‘Factor X’ [domingos à noite na SIC, a partir de 6 de outubro]?

– Acho que fazem muito bem…

– Será mais do mesmo?

– O nosso? Espero que sim. É bom sinal.

– Não. O ‘Factor X’.

– Não é. Se fosse um reality show contra outro reality show era mais maçador. Assim têm um programa de talentos. Mas o ‘Factor X’ é o ‘Ídolos’. É de tal maneira que não deixam entrar o Manuel Moura dos Santos para não fazer confusão. É um programa engraçadinho enquanto são os castings… pode fazer uma boa audiência mas…

– É um programa para ganhar à TVI aos domingos?

– Não.

– Se tivesse filhos, netos ou sobrinhos, que programa escolheria para verem?

– Agora vem o preconceito… seriam eles a escolher. Recomendava onde eles se divertissem mais, obviamente a ‘Casa dos Segredos’. E que gravassem e vissem depois o outro, porque assim se pode passar algumas partes à frente. Mas eles [SIC] é que estão muito preocupados com este programa e não nós com eles. Andam a arrastar uma novela há um ano e meio para depois a irem acabar em cima deste programa… isso diz tudo.

– A TVI não olha para a ‘Casa’ como ‘boia de salvação’?

– Mas este programa não vem para salvar nada. As coisas desequilibram-se mas não caem. Se for altura da SIC liderar nada a travará. Se for altura da TVI continuar a liderar também nada a travará. É o destino. Vou dar o meu melhor? Vou. Estou muito preocupada com as audiências? Da estação, não tem a ver comigo. Do programa, vamos pagar para ver. Mas sei que vai dar mais trabalho…

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– Está preparada para mais três meses de ‘reclusão’?

– Cheira-me que desta vez vou estar mais. É um palpite. A ‘Casa’ existe 24 horas por dia e, mesmo que esteja noutro sítio qualquer, estou sempre preocupada com o que possa estar a acontecer que eu deva saber.

– Que fica por fazer?

– Nada. O que é dramático é recomeçar a trabalhar depois de ter estado de férias.

– Para quando o seu regresso à produção de programas?

– Quero muito. Apetece-me um desafio novo. Sempre achei que contribuí mais como produtora do que como apresentadora. Como apresentadora funciono, mas como produtora estou na fase da excelência. É uma pena o meu maior talento estar na gaveta por preguiça.

– Vai mostrar projetos aos canais?

– Não tenho hipótese. A SIC é o que já se sabe, está cheia de amigos, a RTP, aí é que está cheia de amigos mesmo, é literal, mas a única hipótese que tenho é a TVI, porque sou uma cara da estação, mesmo não sendo uma empregada. Mais cedo ou mais tarde tenho de ir trabalhar para a TVI.

Fonte: Correio da Manhã