Triângulo amoroso na Casa dos Segredos: Liliana não traiu noivo Zé, descobriu-se

Liliana entrou na “Casa dos Segredos 9” em clima de romance. O estúdio parou para assistir ao pedido de casamento de Zé, namorado de 4 anos.

Tinha tudo para ser o início de um conto de fadas moderno, mas a vida raramente se escreve em linha reta. E foi dentro da casa que surgiu o “inesperado”: Fábio.

Desde a primeira semana que a proximidade entre os dois deixou o público dividido. Liliana, com apenas 23 anos, não resistiu à química e já confessou estar a sentir algo mais forte. Nas redes sociais, a contestação não se fez esperar: “falta de respeito”, “traição”, “vergonha”, mas Susana Areal, especialista em comportamento humano, veio tocou no assunto, e talvez colocar o assunto de outra forma e que muitos querem pintar apenas a preto e branco.

“A Liliana está a ser julgada por algo de que ninguém está livre. Mal cruzou os olhos com o Fábio, surgiu uma química incontrolável. Estão constantemente puxados um para o outro. Isto é desejo, atração, algo que não se controla racionalmente.”

A observação é direta e desconfortável, porque obriga a olhar para o que é óbvio: quem nunca sentiu uma atração inesperada, mesmo quando “não devia”? A especialista vai mais longe, desmontando as críticas fáceis: “Recebo mensagens a dizer que ela devia resistir, dar-se ao respeito, fugir. Fugir para onde, se está presa dentro da casa? Resistir a uma paixão com 22 anos… para casar com alguém que já não ama? Quando amamos de verdade, não sentimos atração desta intensidade por outra pessoa.”

É um murro no estômago para quem insiste em julgar de fora. Porque talvez Liliana não esteja a trair ninguém. Talvez esteja apenas a descobrir que a relação que tinha já não correspondia ao que acreditava sentir, “Ela gosta muito do Zé, mas como amigo, companheiro de vida. Não sente por ele o desejo necessário para construir um casamento. O noivado é a fase em que se deve perceber se queremos mesmo casar. Melhor descobrir agora do que mais tarde, já casados e com filhos.”

Na sua análise, Areal transforma a polémica televisiva num retrato de vida real. Quantos casamentos não se sustentam em amizade, hábito ou medo de magoar o outro? E quantas vezes isso não resulta, mais cedo ou mais tarde, em frustração?

E, no meio da tempestade, Susana Areal não esqueceu o lado mais vulnerável desta história: o de Zé, o noivo que ficou cá fora a assistir a tudo.

“Deixo um beijinho grande ao Zé. Vai precisar de força para ultrapassar esta fase, mas a verdade é que foi o melhor que lhe podia acontecer. Quanto à Liliana e ao Fábio: que vivam o que sentem. Seja um dia, um mês ou uma vida, o amor que damos e recebemos é o que levamos connosco.”

É duro, é humano, é real. A “Casa dos Segredos” pode ser um reality show, mas a vida que se vive lá dentro não deixa de ser vida. E se há algo que este caso mostra é que o coração raramente segue as regras que a sociedade quer impor.