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“UAU!” A “AMIGA OLGA” Cardoso faz hoje 91 anos. Antiga estrela da TVI, eterna rainha da rádio, vive com doença de Parkinson

Não foi só uma cara da rádio e da televisão: foi presença, voz, janela aberta para o mundo num país com estores corridos. Nunca quis ser influencer; foi influência"

Foi a primeira grande estrela da TVI, entre 1993 e 1994, no início da estação, a 4, que era na Avenida de Berna, Lisboa, e hoje é em Queluz de Baixo, aos comandos de um concurso que nunca ninguém esquecerá.

“A Amiga Olga”, o bombo, o grito “Quer a chave ou o dinheiro?!”, e as dezenas de anos a “Despertar” Portugal na Renascença, fazem de Olga Cardoso uma figura ímpar do universo mediático.

Ao lado de António Sala, ela no Porto, ele em Lisboa, deram voz a milhares de programas da manhã da Rádio Renascença, no célebre “Despertar”. Olga Cardoso, que hoje completa o 91º aniversário. Dizia-se até que a locutora vivia no mesmo prédio dos estúdios da Emissora Católica Portuguesa, na cidade invicta, e trabalhava de robe vestido.

Em entrevista a Manuel Luís Goucha, revelou o diagnóstico de que padece há uma década: “Leio imenso, só faz bem para a cabeça não parar. Sabes que eu tenho Parkinson… Quando eu ia escrever, a esferográfica fugia-me. (…) Disse à minha filha e fomos a um neurologista. Mal lá cheguei ele disse logo o que era“. Olga explicou que não teve receio de enfrentar a doença neurodegenerativa e que não sente tremores nas mãos. “A minha maior dificuldade é andar sozinha na rua. Tenho de ter uma pessoa no meu braço“, confidenciou.

O escritor Pedro Chagas Freitas fez hoje uma homenagem à eterna voz da Renascença: “A Olga não foi só uma cara da rádio e da televisão: foi presença, foi voz, foi janela aberta para o mundo num país ainda com os estores corridos. Vinha de um tempo em que comunicar era uma extensão da empatia; não era uma performance. Nunca quis ser influencer; foi influência. Com voz limpa, postura digna, afeto discreto. Quando dizia “uau!”, não era um grito de marketing: era um espanto genuíno, quase infantil, como quem ainda acredita que há coisas que nos devem emocionar”.

E prossegue: “Nunca a vi envolver-se em polémicas, nunca a vi tentar agarrar-se ao palco com as unhas da vaidade. Envelheceu com graça — coisa que a televisão detesta; continua a parecer boa gente. Não sei se é. Até a dúvida é bonita. Há figuras públicas em que se acredita como se fossem família. De certa forma, são. O que mais me emociona nela é o não-espetáculo. A resistência em não fazer da vida uma feira de vaidades. Quando todos procuram ser vistos, a Olga ensinou-nos o valor de simplesmente estar. Estar com verdade. Feliz aniversário, Olga”. Parabéns!!!

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