Velhos Tempos: Karate Kid – Momento da verdade
Artigo escrito por Hugo Silva do Ainda Sou do tempo Blog
Os filmes relacionados com Karaté estavam muito na moda nos anos 80, mas houve um que sobressaiu sobre todos os outros, um que também marcou a década com todos os clichés típicos da altura. Karate Kid – Momento da verdade foi um filme que entusiasmou toda uma geração e um daqueles que nos fez falar no recreio no dia a seguir e a tentar imitar os golpes.
Foi em 1984 que estreou no cinema o filme Karate Kid, que em Portugal recebeu o nome de Momento da Verdade, que nos mostrava como um adolescente típico Norte-Americano reagia quando recebia a ajuda de um senhor de idade oriental. O filme foi dirigido por John G. Avildesen e teve Ralph Macchio e Noryuki Pat Morita nos principais papéis.
A história tinha todos os ingredientes típicos dos anos 80, mostrava-nos um jovem moreno de poucas posses a entrar num liceu novo onde acabava por chocar contra os louros ricos que eram maus como as cobras. Pelo caminho apaixona-se pela loura bonita, que por acaso até é namorada de um deles.
Depois entra o karate, já que o rapaz sabia alguma coisa e queria se vingar dos outros usando o que sabe, mas o problema é que eles também sabem, e muito mais que ele. A sorte é que consegue a ajuda de um velhote oriental que mora no mesmo local para onde eles foram viver, e que por coincidência também sabe karaté e bastantes outras coisas que vão ajudar o rapaz a crescer muito.
Ralph Macchio é Daniel LaRusso, Pat Morita é o Mr. Myagi, e Elizabeth Shue interpreta o interesse amoroso e ajuda no torneio de karaté a apoiar Daniel na sua missão espinhosa. Isto porque os seus inimigos eram de um Dojo muito conhecido, o dojo Cobra, que é treinado por uma pessoa sem escrúpulos e que não pensa nos meios para atingir os seus fins.
O treinamento de Myagi ocupa boa parte do filme, e entrou no vocabulário de todos que já sabiam o que significava “wax on, wax off”, isto porque aquele treino era um pouco fora de comum. Daniel aprendeu alguns golpes de karaté enquanto fazia tarefas como pintar uma cerca, ou encerar e limpar um carro.
Tudo isto tornou o filme ainda mais castiço e foi giro ver o crescimento da relação entre os dois, que passa de professor e aluno para dois grandes amigos. Quem não se lembra da cena em que tentaram apanhar uma mosca com dois pauzinhos? Ou quando Daniel ajuda o seu mentor a ultrapassar uma bebedeira enquanto pensa na sua falecida esposa?
Depois no final do filme veio o golpe que todos tentaram imitar na escola no dia seguinte, um golpe cheio de teatralidade e estilo que nos deixou a todos entusiasmados. O filme tinha a música “You’re the best” de Joe Esposito, algo que ainda dava mais um feeling anos 80 à coisa e como todos os filmes da altura, originou mais umas sequelas que estiveram sempre longe do sucesso da original.