Praticamente três meses depois, Zita Favretto quebrou o silêncio sobre a prematura morte do marido, Luís Aleluia.
Zita Favretto concedeu uma entrevista a Nuno Azinheira para a revista Nova Gente desta semana: “No dia anterior [22 de junho], tínhamos combinado que íamos passar esse fim de semana a Troia com os meninos. E sairíamos antes do almoço. Entretanto, sexta-feira de manhã, ele levanta-se com uma grande pressa, toma banho, eu ainda estou deitada e olho para ele surpreendida e pergunto o que se passa“, começou por recordar.
“E o Luís respondeu-me naturalmente que tinha uma mensagem da Casa do Artista, que era preciso uma assinatura para os cheques para pagar os ordenados no final do mês. E disse-me: “Vamos fazer ao contrário. Não saímos ao fim da manhã, mas logo a seguir ao almoço, porque assim dá-me tempo para resolver tudo e tu vais fazendo a mala”. (…) E, portanto, tudo bem. Ele saiu, deu-me um beijinho e disse-me “até já”. Foi assim [pausa]. Organizei o almoço, fiz a nossa mala e a dos meninos para irmos embora”, prosseguiu.
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“Acho sinceramente que ele já estava a preparar tudo há dois ou três dias. Eu vi sinais, obviamente, mas que só depois é que os percebes. Tu conheces a nossa casa, e em cima da lareira estão três velinhas pequenas. O Luís gostava muito de acender velas, até para criar vários ambientes. Três dias antes, ele acendeu essas três velinhas. E voltou a fumar, coisa que não fazia desde janeiro. Mas eu atribui isso ao stress porque ele tinha começado a gravar o Festa É Festa uma semana antes. (…) A única coisa diferente é que durante aqueles três dias, sucessivamente, as três velas estiveram acesas. Isso não era normal“, descreveu.
“Tem sido muito difícil. Há alturas em que parece impossível. Tenho encontrado gente muito boa, tenho recebido mensagens maravilhosas de gente anónima ou de pessoas que eu conhecia mal e que de repente têm gestos de afeto que me tocam muito. E tenho tido também gente maldosa e até mensagens gravíssimas, que me acusam de ser a responsável pela morte do Luís”, lamentou.
“Como é evidente, não me sinto responsável pela morte do Luís, nem pouco mais ou menos. Eu fiz tudo pelo Luís e pelos meus filhos. Eles são a minha razão de viver. Sempre foram”, acrescentou Zita Favretto, com a voz embargada.
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