João Francisco, filho de Pedro Lima esteve à conversa com Diana Chaves e João Baião no programa ‘Casa Feliz’ e falou sobre a saúde mental
João Francisco perdeu o pai, Pedro Lima, para uma depressão profunda, e desde aí dedica parte da sua vida à saúde mental.
O jovem esteve esta terça-feira, 8 de junho, no programa Casa Feliz, da SIC e falou também que pretende ajudar outros, através do projeto Ivory, o jovem procura sobretudo incentivar os mais jovens a procurar ajuda.
“O tema da saúde era uma coisa que não estava presente na minha vida até ao que aconteceu com o meu pai. A partir daí, a certa altura, decidi que estava a lidar com as coisas de uma forma um bocadinho diferente do que é expectável quando uma pessoa conhece alguém que passa por uma situação idêntica. E quando me comecei a aperceber, senti a necessidade de agir sobre isso”, começou por explicar.
“De facto, estamos pouco educados para o tema da saúde mental, e vai muito além do que são as doenças. Uma pessoa não está mentalmente saudável só por não ter nenhuma perturbação mental. Tal como não estamos saudáveis simplesmente porque não estamos doentes com algum órgão a funcionar mal. Uma pessoa não estar doente e estar saudável tem ali um bocadinho de diferença ainda e a mesma coisa acontece com a saúde mental”, disse ainda.
Desta forma, o filho do ator que faleceu há quase um ano, diz que procura: “normalizar, sensibilizar e quebrar o estigma do protótipo da saúde mental” e “felizmente tem corrido bastante bem”. “Tudo o que digo é fundamentado com pessoas que sabem o que estão a dizer, mas é a minha opinião e a minha experiência, o que eu passei. E eu tento passar um bocadinho a forma como eu vejo o que é uma ida ao psicólogo”, explicou.
João vai ao psicologo, atualmente, semanalmente, “Vejo o psicólogo como se fosse uma espécie de um espelho que nos responde. Estamos numa conversa sozinhos mas temos do outro lado alguém que está a moderar essa conversa”.
“as doenças de saúde mental são de facto doenças, não são imaginação” e é importante o acompanhamento de um “bom profissional”. “Se não for, é perigoso porque o processo de terapia é um processo em que temos de nos sentir confortáveis para nos expormos. Do outro lado tenho de ter alguém que modere essa exposição, que nos faça sentir confortáveis e que trabalhe as nossas inseguranças, os nossos problemas”, frisou.
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