Cristina Ferreira defende Liliana: ‘Não a crucifiquem, ela não cometeu um crime’
A apresentadora da TVI pediu empatia no caso da “noiva Liliana” e lembrou que “ninguém devia ser apedrejado só por seguir o coração”.
No “Dois às 10”, Cristina Ferreira mostrou-se empática ao comentar o caso da “noiva Liliana”, concorrente que se tornou o centro das atenções após uma reviravolta no reality show da TVI.
“Eu ontem, quando lhes dizia lá dentro, antes de começarem a apontar o dedo, que a ouvissem primeiro…”, começou por dizer, visivelmente incomodada com o linchamento público, “A miúda já estava ali em frente a todos a ser crucificada. Eu já sei qual é a posição da maior parte deles. E eu não gosto de ver ninguém no chão.”
Cristina insistiu na ideia de empatia, sublinhando que, por mais polémica que seja a situação, ninguém deve ser tratado como um criminoso, “Ela não cometeu um crime para a metermos no pelourinho, para ser apedrejada e para ficar numa cela sem ver o sol durante 20 anos.”
A apresentadora lembrou ainda que, no ambiente televisivo e mediático, tudo é amplificado, “Nós cá fora não estamos a ouvir o que a pessoa pensa. Alguém anda a atrair, e nós não estamos a perceber o que está na cabeça dela.”
Reconhecendo que também tem opinião própria, Cristina assumiu, “Posso achar que ela fez mal. Posso achar que não faria igual. Posso achar que, com 24 anos, não devia ter feito. Mas depois de alguém estar no chão… não gosto de ver isso.”
A conversa contou com o psiquiatra Zé Gameiro, que já passou pelo programa, e que trouxe uma perspetiva clínica ao tema. Cristina citou-o, “Ele veio aqui falar de um livro que tem exatamente esta temática, uma mulher que tinha um casamento estável, com dois filhos, e que se apaixona por outra pessoa. E ele diz que não é preciso ter um mau casamento. Pode estar tudo perfeito, e isto acontecer de um momento para o outro. E mais: sofrem um stresse enorme.”
A apresentadora concluiu com uma nota de compaixão, não esquecendo o outro lado da história, “E o Zé, coitado? O Zé está a viver um sofrimento que não teve culpa, que foi apanhado no meio disto tudo. Mas é o que é. Tem que passar por ele.”
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