Manuela Moura Guedes esteve na semana passada no programa “Dois às 10” e surgiram rumores de um possível regresso à TVI.
Na sua crónica na revista TV Guia, Carlos Rodrigues recordou: “A primeira vez que trabalhei com Manuela Moura Guedes foi em 1992. Nessa altura ela tinha acabado de passar à apresentação do ‘Telejornal’. A forma como coordenava a equipa era uma prova diária de que tinha o contrapoder no sangue. À época, a grande crise governamental resultava da introdução de propinas nas universidades. Ao escolher um jovem como eu para cobrir o caso, garantiu irreverência no jornal da RTP, mostrou uma coragem rara, e ajudou-me de uma forma que justifica a minha gratidão”.
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“Depois, os nossos caminhos separaram-se, mas ela acabou novamente ao meu lado, quando eu coordenava o jornal da TVI e ela se juntou à equipa, a preparar o lançamento do seu noticiário. Passava o dia a dar conselhos aos jornalistas da casa, e continuava crítica em relação a todos os poderes – mesmo os internos. Formar jovens, respirar jornalismo: eis os traços essenciais da sua personalidade profissional”, prosseguiu o atual diretor da CMTV.
“Já não acompanhei o sucesso do ‘Jornal Nacional’ – pelo contrário, transformei-me no seu principal concorrente, porque entretanto tinha passado a coordenador do ‘Jornal da Noite’, da SIC. Aí conheci-lhe nova faceta – a adversária impiedosa, que tudo fazia para ganhar. Nunca tive uma adversária televisiva tão difícil de defrontar“, afirmou. “Foi um alívio para nós, na SIC, quando ela foi afastada“, confessou.
“E foi na SIC que vim a receber, das mãos de Luís Marques, a missão de lhe montar, e coordenar, um programa de informação, que batizámos de ‘Rede Social’. O programa nunca saiu do papel, mas voltei a ver que nessa altura – 2011, 2012 – ela continuava uma força indomável“, acrescentou. “Não estranharei se voltar ao ativo na TVI. Está-lhe no sangue“, rematou.
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