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Marta Cardoso no “Extra” da Casa dos Segredos: “O que importa é o que a Marisa sentia. O resto são só opiniões.”

No Extra, a apresentadora lembrou que nem sempre reagir no momento é sinal de permissão: às vezes é puro choque.

Marta Cardoso, a apresentadora da TVI e em particular os Extra da Casa dos Segredos, foi sensata e até opinou no caso ovo/Fábio e Marisa.

Logo à partida, Marta atirou, “Temos de partir daqui de um princípio, e sem estar a fazer nenhum tipo de riso agora. Estamos a falar de pessoas que se conhecem há três semanas.”

A apresentadora  sublinhou que, por mais curta que seja a convivência, há um perigo em assumir familiaridades que não existem, “Assumir que todos conhecemos todos, e coisas que é que vai levar a mal o quê, é a partir de errado. E se de facto cometes uma falha, que aquilo que para ti não tem mal nenhum, para a outra pessoa tem, e mesmo que eu continue a achar que aquilo não faz muito sentido, eu só tenho a respeitar. É nas cuecas, é no dedo do pé, é no alto da cabeça. Não sou eu que vou avaliar. Mas são os sítios onde a Marisa pode ou não pode ser acusada.”

Marta colocou o foco onde considera que ele deve estar, na perceção da pessoa que se sente atingida, não na intenção de quem agiu. Um ponto de vista que, embora simples, raramente é devidamente entendido nos debates sobre “limites” dentro dos reality shows, “Há uma questão muito importante, que nós temos vindo sempre a ver, em todas as edições dos Reais, e especialmente quando se fala de limites, sejam quais forem. Que é, parte sempre do princípio que se as pessoas, sejam elas quem forem, não gostarem de alguma coisa, têm que reagir no imediato. Se não reagirem no imediato, então fizeram-se ajeito ou permitiram.”

No seu entender, esta leitura é injusta e simplista, “A maior parte das vezes, o limite teu é ultrapassado. A estupefacção, e isto é geral para a maior parte das pessoas, é tão grande, que se justifica até alguma desorientação ou uma não-reação. Porque a pessoa não está à espera de ser atacada com alguma coisa.”

Acabou a desmistificar a ideia de que rir-se ou brincar no momento invalida um desconforto posterior, “Portanto, esta ideia do ‘ah, riu-se’, ‘ah, brincou’… Está bem, porque estavam todos a brincar e era esse o limite. Quem olha ficha mais à frente e reagiu uma hora depois, ou no dia seguinte. Qual é o problema?”

No fundo, a mensagem de Marta foi de empatia, tanto para quem se sentiu mal, como para quem não teve a perceção imediata desse mal-estar, “O Fábio não tem que ler a mente de Marisa. Se a Marisa, naquele momento, não mostrar desconforto, ou não mostrar um desconforto evidente, ele está envolvido na brincadeira. Assim que a pessoa o chama à atenção, ele imediatamente tem que voltar a dizer outra coisa.”

E concluiu, “Portanto, os que estavam a dizer que ele não tinha mal nenhum ou como aquele gostava de dizer que tinha muito mal, na verdade, aquilo que importa foi o que a Marisa sentia e era a que estava em boa vida. O resto são só opiniões.”

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