Nuno Homem de Sá e Frederica Lima vai direto para julgamento. Pedro Nogueira Simões esclarece polémica da ‘instrução’
“Os clientes também têm uma palavra a dizer. A confiança constrói-se com base nesse diálogo”...

O caso de Nuno Homem de Sá e Frederica Lima segue já para julgamento, sem qualquer debate instrutório.
Falou-se que não avançaram para o debate instrutório porque tinha passado dos prazos, mas no Noite das Estrelas, o Dr Pedro Nogueira Simões esclareceu, “da minha parte e da parte da colega, naturalmente que não queríamos voltar aqui a falar de temas nos quais já não somos mandatários, nos quais houve uma renúncia, ao mesmo, mas existem aqui algumas informações que seria importante clarificar.”
Nogueira Simões explicou que a decisão de avançar, ou não, com um pedido de instrução depende de uma estratégia conjunta entre advogado e cliente, e não de uma falha técnica ou desleixo, “Cada colega tem a sua estratégia. Mas não pode a notícia ser passada para o público em geral como se os ex-mandatários tivessem deixado passar prazos. Isso é mentira.”
O advogado frisou ainda que a relação de confiança com o cliente é determinante. Quando há divergências sobre a melhor via jurídica, a sintonia perde-se, e nesse caso, admite, “ou acatamos a decisão do cliente, ou saímos do processo”.
“Os clientes também têm uma palavra a dizer. A confiança constrói-se com base nesse diálogo”, referiu, acrescentando que o dever do advogado é sempre aconselhar o caminho que considera mais sólido, sobretudo em crimes graves.
Nogueira Simões garantiu que, no caso em causa, havia fundamentos para avançar com a instrução e que a equipa o pretendia fazer, “Quando dizem que deixámos passar o prazo, é falso. Temos provas de que sempre fomos a favor.”