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Nuno Santos recorda Rogério Samora: “não era um doce de pessoa mas tinha uma espécie de criança grande dentro dele”

Rogério Samora faleceu esta quarta-feira, 15 de dezembro, aos 62 anos de idade.

A triste notícia está a ser lamentada por vários colegas de profissão e figuras públicas através das redes sociais. Nuno Santos, diretor da CNN Portugal, escreveu um texto sobre o ator com o título “Samora, um falso duro“.

Rogério Samora, não era um doce de pessoa mas tinha uma espécie de criança grande dentro dele. Se calhar, como todos os artistas, precisava de mimo, atenção e palmas. Frontal, pagou muitas vezes o preço de dizer em voz alta o que se comentava em surdina. Falava com uma ironia que desarmava os outros. Foi um grande ator e um ator pleno. Camaleónico no cinema, magistral no teatro, profissional e eficaz na televisão onde se tornou conhecido do grande público. Faz parte de uma geração com escola, o que sempre faz a diferença, mas nunca obstruiu a chegada dos novos talentos e, mesmo não apreciando o método, gostava de os ver crescer“, começou por escrever.

Era exigente e muito rigoroso na profissão. “É o meu trabalho, não uma brincadeira”, disse-me uma vez nas vésperas de começarmos um projeto em conjunto. Quase morrer em cena teria sido uma morte desejada, até feliz, que a longa agonia dos últimos meses não permitiu. A solidão deste tempo é um certo retrato da sua vida, sempre em pista própria, mesmo quando tudo parecia caminhar numa qualquer direção comum. Homem de paixões e encantos repentinos, Samora deixa obra. Num ano trágico para as artes também ele vê o pano cair antes do tempo“, rematou.

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