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Os 5 momentos que definiram a lenda de Brigitte Bardot: De “Sex Symbol” a salvadora das focas

Os 5 momentos da vida de Brigitte Bardot: de "E Deus Criou a Mulher" ao ativismo animal. A biografia do ícone que morreu aos 91 anos.

Com a morte de Brigitte Bardot aos 91 anos, desaparece uma das últimas grandes lendas da era dourada do cinema europeu. Mas resumir a vida de “BB” apenas aos filmes seria ignorar metade da sua história.

Rebelde, sensual e defensora acérrima dos direitos dos animais, Bardot viveu sempre nos seus próprios termos. Recordamos os 5 momentos chave que transformaram a menina de Paris num ícone imortal.

1. O Escândalo de “E Deus Criou a Mulher” (1956)

Foi o filme que colocou Saint-Tropez no mapa e Bardot nos sonhos (e pesadelos) de meio mundo. Realizado pelo seu então marido, Roger Vadim, o filme desafiou os códigos morais da época. A cena em que Brigitte dança um mambo descalça e frenética tornou-se o símbolo da libertação sexual feminina do pós-guerra. Nascia ali o mito da “femme enfant”: ingénua, mas perigosamente sedutora.

2. A Musa da “Nouvelle Vague” em “O Desprezo” (1963)

Para provar que era mais do que um corpo bonito, Bardot entregou-se à lente de Jean-Luc Godard. Em Le Mépris, protagonizou uma das aberturas mais famosas da história do cinema: deitada nua numa cama, a perguntar se o parceiro gostava de cada parte do seu corpo. O filme cimentou o seu estatuto de atriz séria e ícone de estilo (o cabelo loiro despenteado e o eyeliner preto tornaram-se a sua imagem de marca).

3. O Romance Musical com Serge Gainsbourg (1967)

A voz de Bardot era tão sedutora quanto a sua imagem. A sua relação apaixonada com Serge Gainsbourg resultou em êxitos como Harley Davidson e Bonnie and Clyde. Foi ela quem gravou a versão original da escandalosa Je t’aime… moi non plus, mas, casada na altura com o multimilionário Gunter Sachs, implorou a Gainsbourg que não a lançasse. A música acabaria por ser um sucesso mundial mais tarde, na voz de Jane Birkin.

4. O Adeus ao Cinema aos 39 Anos (1973)

No auge da beleza e da fama, Brigitte Bardot fez o impensável: reformou-se. Cansada da invasão de privacidade e da superficialidade do showbiz, anunciou que o filme L’Histoire très bonne et très joyeuse de Colinot trousse-chemise seria o seu último. “Dei a minha juventude e a minha beleza aos homens; agora dou a minha sabedoria e a minha experiência aos animais”, declarou, cumprindo a promessa até ao fim da vida.

5. O Ativismo e as Focas no Gelo (1977/1986)

A transição para ativista ficou marcada por uma imagem poderosa: Bardot no gelo do Canadá, abraçada a uma cria de foca, protestando contra a caça e o massacre destes animais pela sua pele. Este momento foi o catalisador para a criação da Fundação Brigitte Bardot (oficializada em 1986), à qual doou grande parte da sua fortuna e propriedades, tornando-se uma das vozes mais influentes (e por vezes polémicas) da defesa animal no mundo.

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