Sandra Felgueiras reage a “rumores” e “intrigas” sobre a sua saída da RTP
Sandra Felgueiras está de saída da RTP, após 22 anos de serviço.
Este sábado, 11 de dezembro, a jornalista publicou um longo texto polémico nas suas redes sociais: “Despedi-me ontem dos meus amigos da RTP. E da RTP. A partir de agora e até me desvincular da empresa em Janeiro estou oficialmente de férias. Entendi, por isso, que devia por fim aos rumores, às intrigas e a tudo o que fui ouvindo no último mês sobre a minha saída da RTP1 sem nenhuma adesão à realidade“, começou por referir.
“A não ser uma tentativa de me subestimarem e justificarem o injustificável: o terem deixado que o único programa de investigação televisivo do país, por acaso feito pelo serviço público de televisão, fosse asfixiado por falta de meios até ao fim. Sei bem o que isto significa. E vivi com muito sofrimento esta tomada de decisão. Mas tomei-a em consciência. Por mim e por todos os profissionais que comigo trabalhavam e a quem não poderia continuar a pedir que sacrificassem a vida, sem quaisquer condições, em nome de um desígnio que esta RTP não acarinhava porque na verdade, sem poder dizê-lo, ambicionava – há muito – este desfecho“, acrescentou.
“É por isso com muita noção de dever cumprido mas com muita mágoa que disse a todos “até já” sabendo que é um “adeus”. A minha vida profissional vai continuar a partir de Janeiro, seguramente com os meios e as condições que esta RTP não nos quis nunca dar. É nisso que eu acredito. E é, por isso, que parto. Por mim, pelo jornalismo e pelo país. Na certeza de que irei dar sempre de mim o melhor para que estejamos sempre muito informados“, explicou.
Sandra Felgueiras destacou “com muito orgulho (e talvez como coroa de glória)” a “notícia da prisão de João Rendeiro na África do Sul“. É que o programa “Sexta às 9” revelou “há mais de um mês” que o banqueiro estava nesse país, mas “vários artigos foram escritos a duvidar desta verdade“.
“O jornalismo vive de factos. Eu despeço-me com factos. Deixo a para-realidade, os rumores e as mentiras para as pessoas menores que nunca saberão o que é descobrir factos e trazê-los à luz do dia em nome de uma sociedade livre e esclarecida“, rematou.
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