Iara Valdineia

A irmã de Cláudio Ramos e Luís Nascimento, volta a fazer alguns vídeos nas redes sociais, onde revela detalhes do que se passou em Madrid. Além disso, volta a deixar algumas farpas à família. Entre elogios à paciência de quem a segue, confessou sentir-se muitas vezes espantada com o que lê. "Gabo a vossa paciência, vocês têm paciência, eu também tenho que ter", disse, explicando que não vê televisão nem acompanha de perto a agitação nas redes. Ainda assim, apercebe-se de que existe a ideia de que sofre de uma depressão prolongada. Para ela, trata-se de um equívoco. "A opinião geral é que eu tenho uma depressão crónica há muito tempo, mas essa não é a verdade", garantiu. Recordou que viveu momentos difíceis após a morte de uma pessoa muito próxima, marcada por um luto que precisou de ser engolido em silêncio, como descreveu. "Estive triste, estive muito deprimida no início, quando o mundo faleceu, mas como toda a gente tive que continuar a trabalhar, a pagar contas, a seguir a vida", explicou, acrescentando que essa tentativa de manter a normalidade acabou por ajudá-la a recuperar. Com o tempo, diz ter deixado a tristeza para trás, substituída por um sentimento de injustiça. "Fui para Madrid porque queria fugir de tudo e de todos", contou. Acabou internada após uma tentativa de suicídio, algo que assumiu com frontalidade. "Quando uma pessoa tenta o suicídio é para onde vai", disse, apontando que esse episódio não deve ser confundido com um diagnóstico permanente. Rejeita que a sua história seja usada para alimentar especulações ou sensacionalismo. "Dizerem que tenho uma depressão crónica é mentir às pessoas", afirmou, salientando que não quer aproveitar a dor de quem realmente vive essa condição. Ainda reforçou ainda que não vive com uma depressão crónica, garantindo que o tratamento que está a fazer resulta diretamente do episódio em que tentou pôr fim à vida. "Este tratamento que eu estou a tomar foi precisamente porque tentei tirar-me a minha vida, que é o procedimento normal quando alguém tenta fazer o que fiz", explicou, procurando pôr termo às especulações. Contou que está a cumprir as indicações médicas, incluindo a toma de injeções, algo que encara como parte de um processo de recuperação. "Tenho que levar umas injeções e continuar o tratamento e que tudo corra bem", disse, deixando transparecer uma postura de aceitação e esperança. Mostrou-se, contudo, magoada com críticas e comentários maldosos que circulam online. Pediu respeito e moderação a quem a segue ou comenta a sua vida. "Não me critiquem, se faz favor, não mandem bocas à toa, se faz favor", apelou, lembrando que julgamentos injustos podem ter consequências profundas. Para sublinhar essa ideia acrescentou ainda que "quando a gente faz alguma injustiça, seja a quem for, a gente até às vezes pode não se lembrar", numa mensagem que soou a reflexão e alerta.