FamososGeralGossip

Tony Carreira lidera “arraial autárquico”! 1.332.203 euros em 30 concertos pagos por entidades públicas

Veja aqui o TOP 20 dos artistas em 2025: 13,7 milhões em festa

Antigamente, nos anos de eleições autárquicas, como foi o caso deste último domingo, 12 de Setembro, em que os portugueses voltaram às urnas para escolheram os titulares do poder local, a festa era feita com “a rotunda pintada, o jardim rematado, a piscina municipal com fita para cortar”.

Em 2025, tudo mudou e a música ganhou. Grande parte de câmaras municipais e juntas de freguesia contrataram artistas de peso “sob o pretexto das festas populares e de uma programação ‘gratuita’ que, como sempre, sai do dinheiro público”.

O Página Um analisou “contratos publicados no Portal BASE até 10 de Outubro, incluindo ajustes diretos e concursos para ‘animação’ cultural, considerando os valores sem IVA e, quando o contrato abrangeu vários artistas no mesmo cartaz, atribuindo ao cabeça-de-cartaz o valor médio por atuação em 2025“. E foi assim que chegou ao TOP 20, “por coincidência aqueles que faturaram, este ano, mais de 200 mil euros”.

Em pouco mais de nove meses, de Janeiro a inícios de Outubro, Tony Carreira triplicou a receita amealhada durante todo o ano de 2024. Em trinta concertos, contratados por entidades públicas, soma 1.332.203 euros, sendo que o cachet médio ronda os 44.407 euros por espetáculo. De realçar que ainda faltam dois meses e meio para o final de 2025 e “a Passagem de Ano sempre dá para encaixar ainda mais do que o cachet habitual”.

Na investigação de Pedro Almeida Vieira, em segundo lugar surgem os novos coqueluches da música nacional, os Calema, já com 25 concertos neste ano, um valor à volta dos 1,24 milhões de euros, com um cachet médio de cerca de 50 mil euros por concerto.

No terceiro lugar, imediatamente abaixo dos irmãos de São Tomé, estão os Xutos & Pontapés, com 23 atuações “por ajuste direto de autarquias, totalizando 1.125.635 euros, quase o mesmo que os Calema por espetáculo. Pedro Abrunhosa também já subiu a 30 palcos este ano: 1,1 milhões de euros, cachet médio a rondar os 37 mil euros.

Tony, Calema, Xutos e Abrunhosa já ultrapassaram o milhão de euros de concertos pagos pelos contribuintes, com Nininho Vaz Maia muito próximo: “em termos de contratos públicos” contabiliza 22 concertos, faturação de 845 mil e 174 euros.

O Página Um revela ainda que, “na faixa acima do meio milhão de euros estão os Quatro e Meia – o sexteto de antigos estudantes de Coimbra, dos quais três são médicos – registam, neste ano de eleições autárquicas, 15 concertos e 569.086 euros, com um cachet médio de 38 mil euros por noite”.

António Zambujo já deu 18 espetáculos, cada um por cerca de 31 mil euros, um total de 553.307 euros. Rui Veloso regista 13 concertos, 41 444 euros cada um, 538.778 euros de faturação, “onde se destaca o concerto nas escadarias da Assembleia da República”.

Mariza cobra 47 mil euros por espetáculo, já abrilhantou 11 em solo lusitano, um valor global de 514.645 euros. Fernando Daniel contabiliza 22 concertos, 510.686 euros, “sendo que, do top 10, é aquele que exige um cachet mais baixo: cerca de 23 mil euros por espetáculo”.

Diogo Piçarra surge na 11.ª posição, com 16 concertos ‘públicos’, amealhou 437.584 euros, cachet de cerca de 27 mil euros. Seguem-se Carolina Deslandes (16 espetáculos, 385.742 euros) e Bárbara Tinoco (15 concertos, € 328.314).

Na fasquia abaixo dos 300 mil euros estão Miguel Araújo (13 concertos, 287.588 euros), Carminho (12 espetáculos, 256.300 euros, incluindo um em Osaka pago pelo Turismo de Portugal), Bárbara Bandeira (10 ao vivo e 254.000 euros), Toy (17 concertos e 216.233 euros), Jorge Palma (14 espetáculos e 213.420 euros) e, no fim do TOP 20, está Marisa Liz (13 concertos e 212.102 euros).

Ainda de acordo com a análise musical do Página Um, “de fora desta lista, mas ainda acima da fasquia dos 200 mil euros, está José Cid, que aos 83 anos está para dar e durar: este ano já fez 11 concertos e faturou 200.860 euros”. Camané já fez 15 espetáculos, que lhe renderam 169.975 euros) e Cuca Roseta conta 12 concertos e 176.130 euros.

Resumindo, “muitos eventos foram apregoados como ‘gratuitos’ para as populações, mas, como sempre, os custos são socializados. Somente os 20 mais ativos contabilizam um total de 11,15 milhões de euros. Se incluir IVA, ultrapassa-se os 13,7 milhões de euros. Todos os portugueses pagaram e só alguns assistiram, mas muitos autarcas beneficiaram deste ‘feito’, com dinheiros públicos”.

Tony Carreira lidera "arraial autárquico"! 1.332.203 euros em 30 concertos pagos por entidades públicas.
Tony Carreira lidera “arraial autárquico”! 1.332.203 euros em 30 concertos pagos por entidades públicas.
Publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo